Qualquer pessoa que estude uma língua estrangeira sabe que ferramentas como Google Translate, Bing Translator, Babelfish e similares não garantem uma tradução correta. Esses serviços se tornam mais eficientes a cada dia, o que eleva o número de usuários, mas é importante observar que eles são indicados apenas para traduções casuais, nunca para documentos formais.
A razão disso é o fato de que a tradução automática usa dados acumulados ao longo do tempo para produzir um equivalente estatístico do que poderia ser a melhor tradução. O resultado é sempre a melhor combinação possível, podendo ou não ser a correta. E o que textos profissionais não podem é correr o risco de transmitir a mensagem errada. A seguir, veja as principais fragilidades da tradução automática.
Escolha das palavras
É praticamente impossível mensurar a quantidade de palavras existentes em um idioma, mas para definições relativas, podemos adotar o número de verbetes dos principais dicionários do mercado. A língua inglesa, por exemplo, possui pouco mais de 171 mil palavras em uso corrente de acordo com a segunda edição do volume 20 do Dicionário Oxford. Já a quinta edição do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa contabiliza 435 mil verbetes. Em meio a tantas opções para expressar um significado, o tradutor automático ainda precisaria considerar o contexto da comunicação, que também influencia no sentido das palavras. Tradutores humanos percebem o contexto, algo que máquinas não são capazes de fazer, é por isso que textos traduzidos automaticamente costumam trazer tantas imprecisões e vocabulário insuficiente.
Escrita Médica e Jurídica
Ambas as áreas possuem termos muito específicos que necessitam de grande familiaridade por parte do tradutor. Além disso, a legislação muda de um país para outro, podendo interferir em todo o texto. O profissional especializado tem consciência dessas diferenças e realiza as adaptações necessárias, particularidades que o tradutor automático não consegue identificar.
Tradução especializada e eficiência
A melhor sugestão de um tradutor automático sobre uma expressão quase nunca será tão apropriada quanto a de uma pessoa. Cada tentativa de comunicação é única, assim como o contexto cultural em que foi realizada e os falantes que dela participam. As máquinas baseiam a linguagem em dados, enquanto um tradutor experiente analisa os sentidos que uma palavra possui ou que pode adquirir em determinadas situações. Pode ser que um dia as ferramentas de tradução automática alcancem a eficiência da tradução humana, mas, por enquanto, pessoas ainda são insubstituíveis.
Este artigo foi escrito por Arlene Miles, a content writer da Ulatus.
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